sábado, maio 27, 2006

Pais vão avaliar professores

O Ministério da Educação (ME) quer que os pais passem a participar na avaliação do desempenho dos professores dos filhos, necessária para a progressão na carreira dos docentes, revelou à agência Lusa fonte da tutela.
Segundo a proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD) que o Ministério apresenta hoje à comunicação social e aos sindicatos, cada encarregado de educação individualmente vai fazer uma avaliação do trabalho dos professores que dão aulas aos seus filhos, uma apreciação que será depois tida em conta, juntamente com outros factores, para a subida de escalão por parte dos docentes.
A proposta da tutela prevê ainda que os professores tenham de prestar provas para subir na carreira, que passará a dividir-se em dois graus ou categorias, independentemente dos dez escalões em que está actualmente organizada. «Um professor poderá candidatar-se a passar para o grau mais elevado depois de um certo número de anos de serviço, tendo para isso de prestar provas», disse à Lusa a mesma fonte do ME, escusando-se a adiantar pormenores sobre o tipo de provas a realizar. A intenção do ME é fazer depender a progressão na carreira docente do mérito dos professores, aferido através de vários mecanismos de avaliação do desempenho. Actualmente, o ECD faz depender a subida de escalão do tempo de serviço, da frequência de acções de formação contínua e de um processo de avaliação do trabalho do professor efectuado pelos órgãos de gestão da escola em que lecciona.
A legislação em vigor, que será agora revista no âmbito de uma negociação entre a tutela e os sindicatos do sector, determina que os professores têm de apresentar um relatório crítico da actividade por si desenvolvida no período de tempo de serviço a que se reporta, um documento que é depois avaliado qualitativamente pelo conselho pedagógico da escola, com as menções de Não Satisfaz, Satisfaz, Bom ou Muito Bom.
P.S. Roubei este texto do murcon e nem comento, mas há quem comente lá!... A proposta completa do ME para o novo ECD pode ser consultada na página do sindicato http://www.spn.pt

3 comentários:

  1. O melhor é dar aulas somente a orfãos...

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  2. Pois é, pois é...a desgraça bateu-lhe à porta novamente! Deve estar chateada. Também não é para menos. A doutora está com azar. Bolas! No seu pacato e imaculado percurso de professora já foi ostracizada pelo menos 2 vezes (que se saiba). A primeira quando os seus colegas da U.M. passaram por si de gás colado ostentando o estatuto de "atletas de alta competição". A segunda (imagine-se lá!) quando os mesmos colegas voltaram a passar-lhe a perna (novamente de gás colado!) pois o sistema actual de progressão na carreira (que a doutora tanto defende) lhes permitiu! Veja lá que um par desses colegas vale o triplo da doutora.
    Eu ficava chateado. Claro que ficava chateado!

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  3. Exma Senhora Doutora.
    1-Gostaria que numa próxima edição explicasse o que é «um relatório da actividade por si desenvolvida no período de tempo de serviço a que se reporta».
    Que nos fornecesse percentualmente os resultados das avaliações feitas pelo Conselho Pedagógico aos relatório atrás referidos (para lhe poupar trabalho e poder dar uma resposta quase instantânea forneça só os resultados "Não Satisfaz").
    2-Gostaria que explicasse em que consistem as «acções de formação contínua» que os professores frequentam (temas abordados, qual o interesse profissional que essas acções têm para os professoes, etc) e que a par disso comentasse
    o desempenho/qualidade dos formadores que dão essas acções e recebem dinheiro por isso.
    (Claro que podem comentar o desempenho dos formadores! Têm é que ter coragem para fazê-lo, se não caímos na treta do costume de não querer chatices - ver comentário na Apresentação do seu blog).
    3-Gostaria que me dissesse se eu, como pai de alunos que frequentam Escolas iguais à sua, posso ou não acompanhar os meus filhos de perto e participar na sua educação escolar? Posso ou não posso questionar se os professores dos meus filhos se empenham quando "desempenham" a sua tarefa como profissionais da educação?
    Vem algum mal ao mundo por isso?
    É melhor ficarmos quietos e não participarmos?
    Será que o meu testemunho poderá ser considerado hostil?
    Quando vamos a uma repartição pública e somos mal atendidos não gostaríamos nós de poder fazer uma avaliação do funcionário?
    Acha, por exemplo, que não sou capaz de formar uma opinião acerca de um professor que falte muitas vezes, justificando as suas faltas com atestados médicos fraudulentos?
    Se a grande maioria dos pais de uma turma chegarem à conclusão de que um professor não está à altura de desempenhar o cargo que ocupa isso poderá significar uma perseguição ao professor levada a cabo pelos pais?
    Ou antes poderá indiciar que algo não vai bem naquela turma e com aquele professor?
    Pensem nisto. Chateiem-se!
    Ou não serão os professores os primeiros a criticar os professores dos seus filhos? Verdade?

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