terça-feira, outubro 17, 2006

Não é nada comigo

Aqui, há uns meses atrás, lembrei um poema de Bertolt Brecht.
Hoje, baseado nesse, publico outro que tenho visto com alguma frequência, por diversos blogs, e que me parece apropriado para o momento e que lembra um episódio lamentável que, segundo a Senhora Ministra (tadinha!), correspondeu à decisão mais difícil que tomou:

Primeiro despediram os funcionários públicos,
mas eu não me importei,
não sou funcionário público.
Depois proibiram a greve dos professores,
mas eu não sou professor.
Depois proibiram a manifestação dos militares,
mas eu não sou militar.
Depois foram os juízes, os polícias, os enfermeiros,
mas eu não sou juiz, nem polícia, nem enfermeiro.
Agora estão a bater-me à porta,
mas já é tarde.
António Cebola

4 comentários:

  1. adaptação muito, e bem, apropriada!

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  2. Eu também me importo. Estou de greve. A luta continua, amanhã, depois e sempre!

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  3. E mais uma que se importa, eu! Por isso estou de greve também amanhã!!

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  4. Também vou fazer...

    Isto vai bater à porta de todos, mas alguns estão como a Avestruz...o que é perigoso :)

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