Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa, Janeiro de 1931
Bom dia!
ResponderEliminarÉ mesmo assim! Quando olho para op meu gato lembro-me muitas vezes destas quadras de Pessoa.
Já agora, bela foto.
Anabela
Adorei o poema, até já o postei ;)
ResponderEliminarBeijinhos