sexta-feira, dezembro 05, 2008

Estou apreensiva

Realmente já nem sei o que pensar de tudo isto.
Não percebo nada de estratégias políticas, mas sei o que tenho sentido, principalmente nestes últimos anos e, mais ainda, nestes últimos meses. Agora que a plataforma concordou em reabrir as negociações com o ministério e suspendeu as greves regionais da próxima semana, sinto nem sei o quê que não consigo explicar.
Será boa ideia desconvocar a greve? Talvez!
Muitos dos que aderiram esta semana, por razões que não consigo explicar, preparavam-se para não aderirem para a próxima. Mas também muitos outros – e eu faço parte deste grupo - repetiriam a greve, pois as razões para ela mantêm-se. E posso explicar as minhas razões.
Estou farta deste ministério, não confio nestes senhores, perdi-lhes o respeito, não quero ter qualquer tipo de relação institucional com eles. Foram 3 anos de maus tratos, consegui, a custo, não enlouquecer, sinto que tenho agora alguma força para me libertar das suas garras. O respeito entre professores e ministério perdeu-se há muito. Não confiamos uns nos outros, não nos apreciamos; a relação desgastou-se tanto que não há hipótese de recuperação. Há que assumir o divórcio e deixar de dar maus exemplos! Nós não nos suportamos! Não podemos continuar como aqueles casais que se detestam, mas que mantêm o casamento, dizem eles, pelos filhos, quando na realidade só estão a prejudicar esses mesmos filhos, mantendo a relação.
Foram muitos os maus tratos, foi imensa a humilhação - pelo respeito que nos devemos, vamos acabar de vez com esta tortura. Nós somos 140.000 e já cá estávamos quando o trio se cruzou connosco, para nossa desgraça. Por cá continuaremos. Quanto aos governantes, por favor, ponham-se a andar!

1 comentário:

  1. estou tão estupefacta quanto tu. Apetece-me espancar alguém. Mas, apesar de tudo, vou manter a minha revolta e a minha determinação contra esta estupidez que quer fazer-nos calar. Não acato ordens dessas.E estou farta de receber mensagens do ME.

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