Palavras para quê?
Depois de quatro anos e meio à frente do Governo, de duas gigantescas manifestações e de uma greve nacional como nunca se tinha visto, eis que José Sócrates vem dizer aos professores que os tratou com pouca delicadeza e que pretende corrigir esse pecado se voltar a ganhar as eleições legislativas. Percebe-se o arrependimento. Portugal tem 150 mil professores que são eleitores potenciais e que, além disso, ainda exercem uma razoável influência social. Acontece que esta humildade do primeiro-ministro cheira a esturro.
Até porque ao longo do conturbado processo negocial com os sindicatos dos professores a arrogância governamental não teve limites e por mais de uma vez o primeiro-ministro, a ministra da Educação e os respectivos secretários de Estado sempre acusaram os partidos da oposição de oportunismo político por apoiarem as reivindicações dos docentes. Aqui e agora importa lembrar ao secretário-geral do PS as palavras que proferiu logo após a primeira gigantesca manifestação de professores. Disse Sócrates: "Considero lamentável o oportunismo dos partidos que deviam defender os interesses do País e não colarem-se a reivindicações corporativas na esperança de ganhar uns míseros votos." No dia 27, estas palavras não vão ser certamente esquecidas pelos 150 mil professores.
Até porque ao longo do conturbado processo negocial com os sindicatos dos professores a arrogância governamental não teve limites e por mais de uma vez o primeiro-ministro, a ministra da Educação e os respectivos secretários de Estado sempre acusaram os partidos da oposição de oportunismo político por apoiarem as reivindicações dos docentes. Aqui e agora importa lembrar ao secretário-geral do PS as palavras que proferiu logo após a primeira gigantesca manifestação de professores. Disse Sócrates: "Considero lamentável o oportunismo dos partidos que deviam defender os interesses do País e não colarem-se a reivindicações corporativas na esperança de ganhar uns míseros votos." No dia 27, estas palavras não vão ser certamente esquecidas pelos 150 mil professores.
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